11 de junho de 2014

DICAS LUCAS SILVEIRA - P-pass / Micronésia


3 - P-pass / Micronésia
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Sonho em P-Pass
Por Lucas Silveira em 09/06/14
Lucas Silveira dá as dicas para quem pretende conhecer a desafiadora e luxuosa onda de P-Pass, na ilha de Pohnpei. Confira as fotos e o vídeo.
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Lucas Silveira, P-Pass, ilha de Pohnpei, Micronésia Foto: Arquivo Allois Malfitani
Lucas Silveira, P-Pass, ilha de Pohnpei, Micronésia Foto: Arquivo Allois MalfitaniP-Pass, ilha de Pohnpei, Micronésia Foto: Arquivo Allois MalfitaniP-Pass, ilha de Pohnpei, Micronésia Foto: Arquivo Allois MalfitaniP-Pass, ilha de Pohnpei, Micronésia Foto: Arquivo Allois MalfitaniP-Pass, ilha de Pohnpei, Micronésia Foto: Arquivo Allois MalfitaniP-Pass, ilha de Pohnpei, Micronésia Foto: Arquivo Allois Malfitani
Se a ideia é surfar ondas de qualidade, com um visual paradisíaco e sem crowd, esse lugar é Pohnpei Island. Uma ilha em meio ao arquipélago da Micronésia, na região do Pacífico Ocidental, entre as Filipinas. As ondas variam de 3 a 12 pés e recebem swells de norte que passam pelo Hawaii. E como quase todos os picos estão localizados longe da costa, o único acesso é mesmo de barco.

Fui em busca de uma onda específica, mágica: Palikir Pass (ou P-Pass), a mais perfeita das ilhas. Fui em dezembro de 2013 e fiquei quatro dias desfrutando de uma direita alucinante, extensa e que proporciona altos tubos com água cristalina. O nível do surf varia com o tamanho do mar; até 3 pés pode ser surfada por todos, mas fui em busca do swell e, segundo os locais, quando já passa dos 5 pés essa onda é indicada apenas para os surfistas mais experientes.

A melhor temporada em P-Pass vai de novembro a maio. É uma onda bem difícil e tem uma parte muito rasa. Nunca vi este mar quando está menor. Quando fui, estava com 10 a 12 pés.

Por ser tão longe do Brasil, é importante saber exatamente o swell para o nível de performance. O ideal é passar o dia todo no pico, surfando. A comida durante o dia é servida no barco. Nós pedíamos ao barqueiro e ele trazia do hotel, pois não dá tempo de sair para outros restaurantes e nem conhecer a ilha. É muito surf!

Os locais têm uma mania estranha. Eles colocam o cigarro dentro de uma semente e mastigam igual chiclete. Eles têm os dentes bem estragados, deve ser em função disso... O local é seguro, sem violência ou localismos.

Na minha última trip me acompanharam Ricardo dos Santos, Diego Silva, Felipe Cesarano e João de Macedo, bem como vários surfistas gringos que foram atrás do swell como Carissa Moore, Shane Beschen, Alex Gray, entre outros.

A água é quente, o clima é tropical e muito bom para o mergulho devido à impressionante barreira de corais e à abundante fauna marinha. O lugar é realmente especial, mas além de mergulho e surf não há muitas atrações, pois não tem praia e nem areia branquinha. Melhor deixar o cartão de crédito com a namorada no Hawaii!

Como chegar O caminho é longo. São 38 horas de voo saindo de São Paulo, passando pelo Hawaii, e de lá segui para Pohnpei Island. A única companhia aérea que faz esse percurso é a United Airlines e custa cerca de US$ 5 mil. A volta ao Brasil é ainda mais longa, com 55 horas de duração, pois a conexão em Honolulu dura em torno de 12 horas. Não fiz todo este percurso porque já estava no Hawaii e o voo tem duração de apenas oito horas. É bem perto, mas fizemos ao menos três escalas em outras ilhas. O valor da passagem direto de Honolulu para Pohnpei custou US$ 2 mil, ou 50 mil milhas.

Quiver A onda é muito perfeita, não é necessário prancha muito grande, apenas 6’6 para o maior dia, 12 pés.

Onde ficar A minha pousada era bem receptiva, fizeram até um banquete de sashimi no último dia, aliás, os melhores do mundo. A melhor opção é o Pohnpei Surf Club, que é especializado em hospedagem para o surf. A hospedagem, incluindo a comida no barco, custa em média US$ 199 e mais US$ 30 em refeições na ilha.

Onde comer Além do sashimi, que é realmente sensacional, a tainha e o tuna são pratos populares e baratos e podem ser apreciados em bons restaurantes como o Rusty Anchor. No barco há fartura de côco gelado, frutas da época, bolos de banana, gelo para a cerveja e arroz. Comia um punhado de arroz e água de coco, entre uma caída e outra, e já voltava para água rapidinho.

Para mais informações, siga o atleta no Instagram @lsilveira96, acompanhe o blog Lucassilveiradosurf ou a página de Lucas Silveira no Facebook.

Lucas Silveira

Nos tubos de P-Pass




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