Meus planos era de embarcar dia 7 de volta Mentawai para o Brasil mas meu vôo atrasou e perdi a conexao em Jakarta... que chato, acabei ficando mais 4 dias e seguindo o swell que estava perfeito em Nias. Só cheguei em casa dia 11 de setembro. Segue o clip das ondas https://vimeo.com/143423127 e a reportagem na waves sobre a trip http://waves.terra.com.br/waves/videos/clips/lucas-silveira
Fiquei uns dias colocando minha vida em dia em floripa, fazendo minhas 8 provas atrasadas da faculdade e matando a saudade da família. Dia 18 embarquei para Portugal - Açores e Cascais para as 2 etapas Primes.
Dia 27 meus pais chegaram para passar 1 semana curtindo aos arredores de lisboa. Dia 7 de outubro voltei para o Brasil, direto para Saquarema... etapa oi supersurf que fiz final e fiquei em terceiro lugar.
Confira as dicas do atleta Lucas Silveira para aproveitar bem os tubos de Teahupoo
Lucas Silveira, Teahupoo, Tahiti. Foto: Henrique Pinguim.
Estava em Puerto Escondido, México, aproveitando um grande swell quando soube de outro que entraria em Teahupoo. Combinei com o fotógrafo Henrique Pinguim e o filmmaker Kako Lopes, e partimos de imediato para a pequena vila na ilha do Tahiti, Polinésia Francesa.
Um paraíso de águas muito claras e visuais alucinantes do mar entre as montanhas, cenário ideal para mergulho, remadas, caminhadas, etc., garantindo prazer para todos - não só para surfistas. Sem contar os nativos, que são pessoas incrivelmente hospitaleiras.
Um verdadeiro mito no mundo do surf, Teahupoo é lembrada e descrita como uma das ondas mais temidas do planeta. Considerada a mais pesada por quebrar em uma bancada de coral muito rasa, a “onda dos crânios quebrados” ficou conhecida no fim dos anos 1990, quando o havaiano Laird Hamilton surfou em um dia de big swell. Na sequência, passou a fazer parte do CT, consolidando sua fama.
Fiquei lá de 20 a 25 de maio deste ano e precisei antecipar minha volta em função de um acidente logo no primeiro dia. Durante uma vaca, o bico da prancha enterrou na minha perna, e infeccionou nos dias seguintes. Mas mesmo sendo tão perigosa, é uma onda dos sonhos. Não sei como demorei tanto para voltar (a última vez tinha 13 anos), mas com certeza pelo menos uma vez por ano estarei presente.
TemporadaA diversão é garantida quando o swell entra de sul a oeste. Quando o vento é sul, forma uma onda longa e mais fácil. E quando entra de oeste, a onda fica buraco e mais para o inside, que torna o surfe difícil e perigoso. Ao menos nos dias em que estive por lá, quase não havia vento e quando aparecia não atrapalhava. A boa é ficar sempre atento, pois as ondas mudam muito durante o dia em função das variações de maré. Uma dica é ficar disponível em frente ao pico, para aproveitar todos os bons momentos.
Até 12 pés dá para entrar remando, acima disso só rebocado. Algumas coisas são muito importantes para ter sucesso nas sessões em Teahupoo: posicionamento, paciência, estudar as condições de ondas continuamente e ser decidido na hora certa. Existem vários outros picos próximos com ondas bem mais fáceis, mas desta vez não fui.
QuiverLevei pranchas de 6’0 a 6’8 pés.
Lucas Silveira, Teahupoo, Tahiti. Foto: Henrique Pinguim
Como chegarFui de LAM que tem o vôo mais rápido a partir do Brasil, que vai para Santiago, Ilha de Páscoa e em seguida Papeete. Teahupoo fica a uma hora de carro do aeroporto. Normalmente se paga em torno de US$ 1.500 na passagem.
HospedagemFiquei na casa da família Parker. Melhor tratamento possível do casal Didie e Cidoni e a filha Vaea, que fazem questão de tratar como parte da própria família. Custa US$ 85 / dia com tudo incluído, comida maravilhosa e fresca, tudo muito limpo. A Casa fica exatamente em frente ao pico e o Didie empresta o barco (tem que pagar apenas o combustível), que é muito importante para deixar prancha reserva, água, frutas, etc. No Tahiti, o mercado é caro e fica longe de Teahupoo também, por isso acaba ficando bem vantajoso ficar em casas de famílias com pensão completa. Assim, fica tranquilo para poder se dedicar apenas para o surf.
CuidadosTem hospital próximo para garantir a segurança, como também sempre tem jets na água, que não negam ajuda quando necessário.