O objetivo dos surfistas é pegar ondas boas. Eu não sou diferente, mas ultimamente tenho tentado aumentar minhas possibilidades estatísticas para acertar o alvo. Como o tempo é curto em função das competições, fico ligado na entrada de swell pelo mundo, então quando vejo a indicação positiva, inicio a correria para viagem. Lógico que ainda corre o risco de dar errado, mas a maioria das vezes dá certo.
Vamos agora para um exemplo prático. Perto do fim do QS10000 de Saquarema, observei uma possibilidade de 20 pés para Puerto Escondido, já fiquei pilhado. O meu amigo Pedro Scooby também estava querendo ir e já contava com o filmaker Kako. Eu convidei o filmmaker Lima Junior, que aceitou no ato. A barca estava pronta.
Ficamos apenas cinco dias, sendo destes três em Puerto, e enquanto as ondas não acertavam pegamos várias marolas na região de Huatuco e Salina Cruz. Mas o swell não decepcionou, entrou com 15 pés e pegamos altos tubos.
O melhor momento em Puerto é com swell de sul / sudoeste com 6 pés, mas na verdade quanto maior melhor. Normalmente, na parte da manhã o mar fica bom e sem vento, rolando alguma brincadeira à tarde também. Tem uma opção no fim da praia que é La Punta. Uma esquerda bem manobrável. Para pegar as direitas de Huatuco e Salina Cruz, é necessário viajar de carro por duas horas. Importante ter um guia. A onda de Puerto é difícil, tem que aprender a surfá-la com calma e respeito. A água é quente e o clima mais ainda.
No geral as pessoas do México são hospitaleiras, mas têm uns poucos malandrinhos principalmente no comércio, por isso é bom ficar ligado. Se você é um fotógrafo e pretende vender fotos não vá para Zicatela. Se for para algum veículo de comunicação, deve procurar o fotógrafo local Miguel Díaz e torcer para ele está de bem com a vida.
Em resumo no México tem altas ondas, come-se bem e barato. A onda que eu mais gosto é a de Puerto porque é incrível, forte e imponente, mas dá muito prazer quando se consegue dominá-la. Antes de sair de Puerto, identifiquei um outro swell consistente para Teahupoo. Bom, esta história fica para depois...
Como chegarO voo mais rápido é direto para Cidade do México e de lá para Puerto. O preço costuma ser em torno de US$ 1,2 mil ida e volta. Até agora a LAN, Aero México e Aeromar não têm dificultado o transporte de pranchas. Tenham cuidado com o deslocamento interno no Brasil caso seja necessário; a TAM e a Avianca têm regras nada convenientes para surfistas.
Onde ficarEm Puerto, fico no Bungalows Zicatela, em frente ao pico. US$ 30 por dia com café. Consegue-se comer bem tanto no hotel como nos arredores com US$ 10 por refeição. Gosto muito de comer no Maná Del Jardim e no restaurante do hotel Inês.
Onde comerOs restaurantes em Puerto abrem às 8h30 da manhã – isso porque o sol nasce tarde, às 7h30. Um café da manhã com suco de fruta, tortilhas quentes, ovos mexidos e salada de frutas, por exemplo, custa em média 40 pesos (cerca de R$ 7).
QuiverUtilizo pranchas de 6 a 10 pés para Puerto. Pela força da onda é bem fácil quebrar pranchas. Do lado do hotel tem a loja do Miguel, que é muito gente boa, vende tudo de surf e encaminha caso necessite pranchas para o conserto. Os caras fazem milagres. Quando o mar está grande recomendo utilização de colete e cordinha da mais grossa. Mas não se preocupe, há hospitais e postos de saúde, em Puerto, caso precise.
Como se locomoverSe precisar alugar carro vai pagar em torno de US$ 50 por dia, às vezes é melhor contratar um táxi.
Para mais informações, siga o atleta no Instagram @lsilveira96, acompanhe o blog
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